segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Pilha do gato


A extraordinária Luísa Ambrósio era parte da família Cavalcante da Ponte, em Sobral. Cuidava da cozinha da casa e dos nove filhos de Dona Socorro. Torcedora número um do Guarany de Sobral, passava a grande parte do seu dia ligada nos programas radiofônicos da cidade.

Pois bem, certa vez, Luísa solicitou do patrão:

- Seu Aurélio...
- Diga Luísa. Respondeu Seu Aurélio.
- Seu Aurélio, não compre mais essas pilha do gato, não, viu?
- Por que?
- Porque com essas pilha réia o rádio só dá notícia ruim!

domingo, 30 de agosto de 2015

Caçador de veados

Com a finalidade de se dedicar à caça de mamíferos herbívoros, pertencentes à Família Cervidae, o Bosco está cursando aulas de tiro, tendo como arma a espingarda. 


Sobre o assunto, ele comenta: “Veados são encontrados em todo o mundo e espero não ser acusado de homofóbico”.

Talvez o Bosco não saiba, mas, predados pela maioria dos grandes mamíferos, muitas espécies de veados se encontram ameaçados de extinção, em razão da caça e perda de habitats.

(Foto: Kaká Luna)

O jeton e o mamão


Jeton era a remuneração percebida que se fazia a parlamentares, no Brasil, nos níveis municipal, estadual e federal por sessões extraordinárias.

Falando nisso, no final dos anos 1970, um atuante deputado estadual por várias legislaturas almoçou bem e depois partiu para uma reunião extraordinária na Assembleia. No caminho, apressado que só, parou em um semáforo, espiou o entorno da esquina e avistou um outdoor que exibia um reclamo de frutas, estampando um carnoso mamão.

Bem, sabemos do benefício do mamão para digestão. O Mamão, por ser uma boa fonte de fibra, pode fazer maravilhas quando se trata de digestão, pois suas enzimas digestivas auxiliam a inibir a constipação.

Ora, se o nobre deputado já tinha o intestino frouxo, só de olhar o fruto já lhe deu uma enorme e incontrolável vontade de evacuar. Na hora, pediu para seu motorista e fiel escudeiro dar meia volta e retornar para casa com urgência. Enfezado, quando chegou, avexado foi direto para o banheiro e livrou-se do incômodo. Quando voltou à sala, o motorista perguntou:

- Deputado, o senhor ainda vai à sessão?
- Vou à Assembleia, mas, já perdi a sessão...
- Não vai dar mais tempo?
- Vai não... Que merda, por causa duma cagada perdi meu jeton! Ô mamão caro, aquele do sinal!

sábado, 29 de agosto de 2015

Assédio


Eu entendo o assédio moral como um ato de humilhação, isto é, um abuso de desrespeito, de ofensa, menosprezo, rebaixamento, constrangimento etc. Até porque, geralmente, a vítima dele se sente desvalorizada e envergonhada.

Falo agora de assédio moral porque me contaram que um conhecido cabra metido a galanteador, um autêntico imbecil, assim perturbou uma jovem e linda garçonete:

- Qual o seu nome, tesouro?
- Mercedes, senhor !
- Lindo nome. O sobrenome, por acaso, é Benz?
- Não, senhor!
- Vem cá, gata, a gente já não se topou em algum lugar antes?
- Provavelmente, não.
- Bem, vou direto ao assunto...
- Vai fazer seu pedido?
- Vou fazer uma proposta...
- Como, senhor?
- Depois daqui, quando terminar o seu expediente...
- Desculpe, não estou entendendo, senhor. 
- A gente vai para a sua casa ou para a minha?
- Os dois. O senhor vai para a sua casa e eu vou para a minha. 

Aí, a digna jovem se retirou e o conquistador barato esboçou um cínico sorriso, pegou o telefone e pôs-se a fazer ligações.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

La Trattoria


A La Trattoria, do italiano Alfio, marcou época na Praia de Iracema dos anos 1980, em Fortaleza. Com ambiente rústico e descontraído, decorado com diversos e curiosos objetos, à meia luz e com suas toalhas de mesa quadriculadas, típico das cantinas italianas, a La Trattoria se estabeleceu com a melhor cozinha italiana da cidade.

Dentre seus pratos, a lasagna verde alla bolognese se destacava. Assada em forno à lenha e consagrada pelos mais exigentes paladares, era servida em pequena travessa que vinha com o queijo deliciosamente queimado grudado em suas beiradas.

A sua mesa de antepasto, novidade na época, possuía uma enorme variedade de queijos, embutidos, conservas, pães e frios. As largas pizzas chamavam atenção devido ao seu generoso tamanho. Combinados com finos vinhos, então, os manjares harmonizavam-se com os sabores inspirados nas tradições italianas.

Na La Trattoria, estacionávamos os carros vis-à-vis às pedras que resguardavam a praia do mar, ou numa área livre, onde hoje é o Largo Luiz Assunção. Na cantina, havíamos a opção de abancarmos às mesas externas e sermos beijados pelas brisas marítimas, ou no intimista recinto interno, experimentando a Itália.

No salão, parece que estou é vendo, os garçons e clientes balançando um divertido chocalho pendurado numa cangalha pendida ao teto, fazendo um barulho danado e à todos alegrando.

Mas, por razões que desconheço, a La Trattoria foi-se embora da Praia de Iracema para nunca mais voltar. Levou com ela o sossego que reunia famílias, amigos e casais de apaixonados namorados. Deixou muita saudade. Saudade de um tempo onde a nossa bucólica Fortaleza adolescia, fazendo-se de lua para desposar-se do sol. 

(Foto: Acervo Ramiro Barroso)

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Da-rede-rasgada


A quem interessar possa, "da-rede-rasgada" é uma expressão popular nordestina que significa alguém que não leva nada à sério, moça mal comportada ou até mesmo uma pessoa leviana.

(Foto: Google)

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Em qualquer papel, de Ubiratan Aguiar

Sósia profissional

O sósia é um indivíduo muito parecido com outro, podendo mesmo ser confundido com este. O sósia profissional é aquele que tem a missão de se passar por alguém, livrando-o de diversas situações desfavoráveis.


Sobre o assunto, reza a lenda que, certa vez, um oficial iraquiano chamou os oito sósias do Saddam Hussein e disse: “Tenho boas e más notícias. A boa é que Saddam está vivo”. Todos os sósias festejaram. E continuou: “A má é que ele perdeu um braço”.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Mortal humano


Em um banco da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Fortaleza, encontrei bem caligarafado numa folha de papel almaço:

"Quando a minha alma deixar o meu corpo, eu não sentirei pesar da decrépita carne, incrédula de quimeras.

Navegarei por desconhecidas dimensões, voarei em luz de estrelas e, singular, serei plural.

Habitarei o meu ser com o desapego do espírito à matéria. Na liberdade de seguir, me eternizarei com a fé de existir muito além dos mistérios que o tempo nos guarda.

Mortal humano, em lume virarei."

(Foto: Google)

Psicólogo

Dr. Zacarias Silva.

E não é que o Dr. Zacarias Silva quis dar uma de psicólogo! Porém, se enganchou todinho ao ouvir uma paciente dizer “Doutor, doutor, ninguém me entende”, e responder: “O que é que a senhora quer dizer com isso”?

(Foto: Zecaneto)

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Roda de trem

Professor Carlinhos Analfabético.

Explica o professor Carlinhos Analfabético que “a roda de trem é de ferro porque se fosse de borracha apagaria a linha”. 

(Foto: Zecaneto)

domingo, 23 de agosto de 2015

Futebol musical


Em janeiro de 2002, Fagner participou de um jogo amistoso entre Fortaleza e Maranguape, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Por determinação do técnico Luiz Carlos Cruz, o cantor substituiu Clodoaldo, ídolo da torcida tricolor. O Fortaleza venceu por 3x0 e Fagner não marcou gol, porém, prestou várias assistências ao ataque do Leão do Pici.

Lembro que, Fagner surpreendeu o zagueiro adversário, pedindo-lhe que aliviasse um pouco a sua marcação, mas, foi negado em razão de recomendação do Argeu dos Santos, treinador do Maranguape, de absoluta atenção com o perigoso atacante.

Logo depois, em Blumenau, Fagner retribuiu a gentileza de Luiz Carlos Cruz, escalando-o de técnico do seu time de peladas, em que jogavam os seguintes craques: Zé Carlos Cafuné, Márcio Santos, Valverde, Dunga, Mauro Silva, Jorginho, Paulo Nunes, Donizete Pantera e o próprio Raimundo. Antes de entrar em campo, Cruz fez uma emocionada preleção, agradecendo a inesperada oportunidade de treinar aquela galáctica equipe.

(Foto: Acervo de Raimundo Fagner)

Del’Alma


Del’Alma
(Totonho Laprovitera)

Del’Alma, a morena 
da boca bem frocada,
era dama toda noite 
Beijava um de cada, 
buscando algibeiras 
nos bolsos pelas beiras, 
ao fim da madrugada. 

Del’Alma, argentina
das bandas do Serviluz,
era lá do Paraguai 
Quando apagava a luz, 
caqueava bem no breu 
Na casa do Seu Abreu, 
atacava os zulus

Del’Alma, amorosa, 
temperava-se de sal 
do suor dos largados 
O que bem fazia mal
nada via, cegava 
Calada, segredava, 
partia sem dizer tchau

Dignidade humana


Comumente, pego-me a refletir como a humanidade engatinha em termos de dignidade humana. Por exemplo: Em um passado não tão distante, ao meu ver, esta foto mostra crianças e adultos, vítimas da seca de 1932, mortos à margem da linha férrea que ia bater no Campo de concentração de Senador Pompeu, um verdadeiro curral humano.

É, por incrível que pareça, ainda sofremos as agruras da seca, hoje em dia.

(Foto: Google)

Mentiroso?


Desde pivete, Serginho já era cheio de história. E criava cada uma... 

Pois bem, mal começou a falar, já disse para mãe que na escola lhe chamaram de mentiroso. A mãe respondeu:

- Cala a boca, menino, que você nem vai à escola ainda!

C. S. Lewis


"Você não tem alma. Você é uma alma. Você tem um corpo." (C.S. Lewis)

Clive Staples Lewis (1898-1963) foi um escritor irlandês, conhecido pela sua obra acadêmica sobre Literatura Medieval, Apologética Cristã e pela série de livros de ficção As Crônicas de Nárnia.

(Foto: Google)

sábado, 22 de agosto de 2015

A pesquisa


Uma jovem pesquisadora do IBGE foi bater em uma pequena propriedade, ali pelo Sítio Cascudo, em Icó.

- Com licença.
- Pois não.
- Essa terra dá mandioca?
- Dá não, senhora.
- Dá batata?
- Também não, senhora!
- Dá feijão?
- Ih, nunca deu!
- Arroz?
- De jeito nenhum!
- Milho?
- Vixe...
- Quer dizer que por aqui não adianta plantar nada?
- Ah, se plantar, aí é diferente...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pimbinha


Chegado de Sobral, passando férias na casa do primo Chiquinho, em Fortaleza, Aloísio foi à praia do Ideal. Com os pés descalços, sem camisa, calção frouxo e sem cueca, entre as meninas trajando miúdos biquínis, olhou para o mar e não teve dúvida: meteu o pé na carreira e deu uma tainha! Quando saiu, com os olhos encarnados, o calção de pano fino estava transparente e grudado no corpo, o que chamava a atenção de todos, pois o tamanho da jiboia do Aloísio batia quase no joelho.

Abismada, a galera na praia o reparava. Os banhistas nunca tinham visto nada igual. O mulherio com aquele sorrisinho, o macharal com uma inveja medonha... 

Aí, notando a situação, Aloísio ficou com vergonha e gritou: 

- Que que foi?! Quer dizer que quando pulam n’água fria, a pimbinha de vocês não encolhe, não?!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sarau


Dizem as más-línguas, que, ao ser convidada pelo novo namorado intelectual para ir a um sarau, a jovem Dalila teria dito: 

- Sei nem o que é, mas já vou é sem calça!

(Foto: Google)

Vivências de um profissional

Eu vou e recomendo.


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A jogatina


A moda da rua era jogo de baralho. Valter reuniu um grupo de amigos em sua casa para uma noitada de jogatina. Com inveja, talvez por não ter sido convidado, um vizinho seu resolveu enredar à tia Zilma, que tinha o sobrinho como filho e cuidava de cultivar sempre os bons hábitos e costumes na formação da personalidade do garoto. Bebida, cigarro e baralho, nem pensar. Quanto mais carteado apostado! Na hora em que os quatro estavam sentados à mesa e ele já se preparava para dar as cartas, eis que de surpresa chega a tia:

- Muito bonito, Valter, flagrei, jogando baralho!
- Mas, titia, pela Santíssima Trindade, a gente jogando baralho?! Não estou entendendo... Disse Valtim.
- O que? Como não está entendendo? Ora, as evidências comprovam e querem bem negar que estão jogando?!
- Bem, acho que cada um de nós pode se explicar. 
- A senhora sabe que moro perto daqui. Eu tava fazendo meu dever de casa e tive uma dúvida, foi quando lembrei que o Valtim poderia me ajudar e aqui estou. Disse Chiquinho.
- Eu tava indo era pro cinema de arte, quando vi que ainda faltava algum tempo pra começar a sessão. Pra fazer uma horinha, resolvi passar por aqui e fazer uma visita ao amigo. Disse Juventude.
- Eu vinha passando, quando vi o movimento na casa. Vi os gente boa e resolvi entrar pra bater um papinho, trocar umas ideias, a senhora sabe como é que é, né? Disse Ôi-de-Jipe.

Tia Zilma, diante de tanta invenção, fuzilou o sobrinho:

- Muito bem, Valter, os três se explicaram, mas o que faz o senhor aqui em casa, com este baralho nas mãos? Quer dizer que não estava jogando?!
- Eu, titia, jogando? Pelo amor de Deus, com quem?!

(Foto: Google)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Luz

Humberto Pinho.

Aconteceu em Viçosa do Ceará. Um amigo do Humbertinho entrou numa bodega e o bodegueiro, todo antipático, foi logo avisando que estava faltando luz. Ele, de imediato, respondeu: 

- Vim tomar cachaça, foi choque não!

(Foto: Google)

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Jovem Antônio


Em Tianguá, o jovem Antônio foi morar com o seu Tio Humberto. Coincidência ou não, o tio começou a perceber que, desde a chegada do sobrinho, os níveis das suas garrafas de cachaça estavam baixando.

- Antonio, você bebe?
- Bebo não, senhor, tio...

E a cachaça fugindo das garrafas!

Num belo dia, Tio Humberto teve a ideia de averiguar a verdade da sua desconfiança. Chegou em casa e pôs-se a executar o plano:

- Antônio, meu sobrinho, venha cá acudir seu tio velho.
- Pois não, tio, em que posso lhe ajudar?
- É que quando vinha pra casa caiu um cisco no meu olho. Dá pra você assoprar?
- Ô, tio Humberto, dá não, ó? Hoje eu tô tão sem vento...

(Foto: Google)

domingo, 16 de agosto de 2015

Cartomante

Sitônio da Parangaba.

O Sitônio da Parangaba inventou de ir a uma cartomante. Pois bem, quando estava botando baralho, olhando a sorte dele, a adivinha comentou: 

- As cartas não mentem jamais!
- E o que elas estão dizendo?
- Não são coisas boas...
- Mesmo assim, diga.
- Bem, dizem que uma morena lhe fez sofrer muito no passado. Mas, agora existe uma loira que o fará sofrer muito no futuro. 
- É minha mulher... Ela pintou o cabelo...

(Foto: Zecaneto)

sábado, 15 de agosto de 2015

A cuia


Estava o viajante Ricardo Capote morrendo de sede, ariado lá pelas brenhas do sertão, debaixo de um sol de rachar, quando se deu com uma humilde casinha de taipa. Avexado, bateu palmas e logo apareceu um menino do buchão, com catarro escorrendo do nariz e os olhos cheios de remela.

- Por obséquio, você poderia me arranjar um pouco d’água preu beber? 
- Posso, sim, senhor!

Então, o menino meteu o pé na carreira pra dentro da casa e depressa voltou com uma cuia imunda. Entregou ao Capote que, meio enojado, fechou os olhos e bebeu tudo num gole só.

- Tava muito ruim? Perguntou o menino.
- Tava não, por que?
- É que tinha uma catita morta dentro da cuia. 
- Seu filho da puta! Vou te pegar e quebrar essa cuia no seu quengo! 
- Faça isso não, meu senhor! Essa cuia é da mãe mijar!

Fortaleza


Para quem quiser se orientar em Fortaleza, eis o mapeamento de seus bairros.

(Foto: Google)

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Caçarola



A instalação da Grendene trouxe um imenso desenvolvimento econômico para a cidade de Sobral. Além de oferecer milhares de empregos, proporcionou um significativo crescimento na cadeia produtiva da economia do município, o que chamou atenção e despertou o interesse de vários forasteiros em busca de ganhos.

Pois bem, depois de examinar as oportunidades que uma indústria de grande porte proporciona, um gaúcho decidiu instalar um restaurante para atender aos seus trabalhadores. Apesar dos parcos recursos, com muito gosto, ele conseguiu montar o estabelecimento decentemente. Tudo muito simples, porém, bem arrumado e, no capricho, o proprietário denominou o restaurante de Caçarola. 

Porém, na véspera da inauguração, o empresário gaúcho recebeu a visita de um vendedor da Brahma, daqueles que andam em mercados, bares, restaurantes e outros pontos de vendas, munido de um bloco de pedidos de compra. E ele ofereceu algumas vantagens em troca da exclusividade de produtos, dentre elas, a colocação de uma placa luminosa com o nome do restaurante. Para surpresa e gargalhada geral, somente após o início de suas atividades, notaram a “pérola” que ficou a placa, pois, algum “gênio” resolveu diagramá-la separando o título em duas linhas, assim: Caça - Rola.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A Estrela


Doze avenidas convergem à Place Charles de Gaulle, que tem o Arco do Triunfo em seu centro.

Construída com base no projeto do Barão Haussmann, em 1854, inicialmente a praça foi nominada como Place de l'Étoile. Em 1969, com a morte de Charles de Gaulle, as autoridades francesas resolveram homenagear o estadista, oficializando o nome dele como o da praça. Mesmo assim, os parisienses continuaram a chamar essa praça de l'Étoile (A Estrela).

(Foto: Google)

Vergara, na Multiarte


Imperdível.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Pensamento do dia


"Falam que o álcool causa a morte de muitos. Mas, não falam de quantos nasceram por causa dele". (Aristófodes)

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Aldemir Martins


Recomendo.

Preguiçoso


Dizem que a preguiça é o hábito de descansar sem estar cansado. Falando nela, lembro da história da Dona Nizete, acordando o filho. 

- Filho, acorda!
- Mãe, hoje não vou ao colégio! 
- Meu filho, deixa de ser preguiçoso! 
- Mãe, a preguiça é a mãe de todos os vícios e, como mãe, deve ser respeitada... 
- Filho, deixa de conversa, se levanta e vai à escola!
- Eu não vou!
- E por que você não vai?
- Não vou por três motivos: tô morto de sono, detesto aquele colégio e não aguento mais os professores! 
- Mas você tem que ir, filho! 
- Por que eu tenho que ir?!
- Por três motivos: você tem um dever a cumprir, já tem 45 anos e é o diretor do colégio!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Luto: Humbertinho Cavalcante

Totonho Laprovitera, Diana e Humberto Cavalcante.

O querido Humbertinho Cavalcante se foi e nos deixa uma saudade sem fim. Amigo do peito, Humbertinho era a própria alegria de viver. Sua lista de amigos jamais parou de crescer, pois era da natureza dele a leveza da boa convivência.

Ainda menino, conheci Humbertinho e, a partir daqueles anos de 1960, nunca deixamos de festejar o nosso mútuo afeto. Dentre tantas passagens de nossa convivência, três episódios me assinalam a lembrança: A presença dele na festa hippie em minha casa; O privilégio de tê-lo na abertura de minha exposição em Lisboa; O seu convite e a realização da mostra de minha arte na programação dos 75 anos do Ideal, quando ele era presidente do clube. Bem, depois eu digo mais...

Humbertinho, em sua homenagem, mais uma vez, vou contar uma história que você dava o maior valor ouvir e pedia para eu repetir.

Festa hippie

Vindas do Rio de Janeiro, as irmãs Luciene, Guacira e Lucille sempre passavam as férias lá em casa. Em uma das vezes, elas resolveram promover uma festa hippie. Decoraram a casa com samburás, bolas e luzes de instalações natalinas, papel crepom, o escambal e, pronto, estava preparado o cenário!

A notícia correu solta e, mal anoiteceu, os convidados, ou não, começaram a chegar, enquanto as anfitriãs ainda engomavam as suas longas melenas entre folhas de jornais. Um dos primeiros a chegar foi Humbertinho, de óculos redondos e escuros, trajando um psicodélico bolero e uma extravagante calça boca-de-sino do tamanho dum bonde. Trazia no peito aberto um medalhão que mais parecia uma tampa de chaleira. A basta e longa cabeleira, ainda eriçada, era inspirada na Black Power do Toni Tornardo. Chamava atenção.

Ao som de Pata Pata, a alta fidelidade estrondeava e alucinava a festa. A bela e formosa loura Naná evoluía numa dança originalmente exótica que varria com os cabelos e encerava com as costas o brilhoso chão de taco da lotada sala de visita. 

Não sei até que horas foi a animação, sei que até tarde não foi, pois, naquele tempo, a noite adormecia cedo nas casas de família e deixava a madrugada livre para o “queima raparigal”!

(Foto: Nely Rosa)

No mictório


Quinta-feira é dia da Banda Mel “ensaiar” no Dallas Grill. Pois é, aqui em Fortaleza, a negada tem o costume de beber em restaurante, como se somente bar o fosse.

Bem, no último encontro da turma, o Tapebinha foi ao toalete e notou que o seu vizinho de mictório piscava o olho pra ele. Daí, a terminar a micção, ele guardou os possuídos e resolveu tomar satisfação com o estranho.

- Meu amigo, que porra é essa de ficar piscando o olho pra mim quando eu tava mijando?!
- É muito simples, cidadão. Enquanto o senhor urinava, o mijo estava respingando no gelo e acertando direto o meu olho! 

Antes que o sujeito mudasse de ideia e fizesse alguma coisa, Tapebinha nem lavar as mão, lavou. Avexado, capou o gato, metendo o pé na carreira para a cativa mesa da Banda Mel!

domingo, 9 de agosto de 2015

Jogo de xadrez


Vendo na televisão sobre a disseminação do jogo de xadrez entre os jovens de Paracuru, lembrei de uma breve história.

Pois bem, no estúdio Ararena, Peninha jogava xadrez com Cezinha, numa demorada disputa. E, na mesa ao lado, o Chico Pio só assistindo. As horas foram se passando. Uma, duas, três, quatro... E o Chico lá, prestando atenção. Até que Cezinha falou para ele: 

- Ei, Francisco, você está aí só olhando a gente jogar há horas. Quer jogar também?
- Ãh?
- Quer jogar xadrez? 
- Não, parceiro, não... 
- Por que, não?
- Eu não tenho paciência pra esse jogo, não.

sábado, 8 de agosto de 2015

Len Lye


Leonard Charles Huia Lye (1901-1980), o Len Lye, foi um artista neozelandês, naturalizado estadunidense em 1950, conhecido principalmente por seus filmes experimentais e esculturas cinéticas.


Muito de sua obra encontra-se nos acervos da Nova Zelândia Film Archive, British Film Institute, Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, Pacific Film Archive e na Universidade da Califórnia, em Berkeley.

(Fotos: The Govett-Brewster Art Gallery + Google)

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Curiosa obra de arte


No acesso do Aeroporto Incheon, em Seul, considerado um dos melhores do mundo, encontra-se essa curiosa obra de arte. 

Por ela, passam milhões de turistas todos os anos, entretanto, muita gente não vê um falo nessa escultura. 

(Foto: Google)

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Arquibancadas e geral


Entre as maiores torcidas dos dois maiores clubes do lugar, a rivalidade era tão grande, chega afetava a amizade pessoal dos mais fanáticos torcedores. Alguns até deixavam de se falar. Outros, não, mas, viviam um constante e medonho bate-boca de arenga! Em cantiga de grilo, todos se intimavam.

Em dia de jogo, tido como clássico-rei, aí era que a coisa pegava. As gozações já deixavam de ser inteligentes e bem-humoradas, para tornarem-se apelativas e grosseiras. Com baixaria, misturavam com ódio o amor e as paixões pelos seus times. Com a bola rolando em campo, nas arquibancadas e na geral, os torcedores se engalfinhavam em autênticas batalhas medievais. As brigas eram de tirar do ramo! Uma guerra onde os insanos botavam pra moer! Vandalizando o que viam pela frente, faziam valer os seus mais primitivos instintos.

Enquanto a violência imperava, tingindo o estádio de sangue e suor, na espaçosa e confortável tribuna de honra ar refrigerada, afetuosamente abraçados, os dirigentes dos clubes brindavam - com uísque escocês, tirando o gosto com canapés, empadas, coxinhas, canudinhos etc e tal -, comemorando a renda do espetáculo, sem nem ligar para o placar do jogo.

Era o esporte imitando a vida e a vida imitando o esporte...