sábado, 28 de fevereiro de 2015

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE


Cadeh Juaçaba Carlos LebranRodrigo FrotaTotonho LaproviteraZé Tarcísio

Visitação: Até 17 de Março de 2015. De segunda à sexta, de 9 às 19h. Aos sábados, de 9 às 14h.

Galeria Ouvidor: Rua Prof. Dias da Rocha, 853 – Aldeota – Fortaleza – Ceará – Tel.: +55 (85) 3267-6766 – contato@4rtequattro.com.br

Na sala de espera


Na sala de espera de uma clínica, ouvi um senhor jaguaribano dizer: - "Meu filho, eu tinha tanto dinheiro, mas tanto dinheiro, que dava pra morrer de fome e ainda sobrava uma coisinha!" 

Botafogo de Ribeirão Preto

Equipe do Botafogo de Ribeirão Preto, em 1976. 

Da esquerda pra direita. Em pé: Marinho, Angelo, Celso, Bessa, Manoel e Mário. Agachados: João Motoca, Sócrates, João Marques, Cunha e Mingo.

(Foto: Google)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Moda e arte


No desfile da Moschino na Semana de Moda de Milão, o estilista norte-americano Jeremy Scott exibiu vestidos com estampas inspiradas em pichação de rua. 

(Foto: EFE)

Casa do Frango


A primeira coisa que o portentoso Kiko faz ao chegar a Fortaleza é ligar para a loja Casa do Frango:

- Casa do Frango, boa tarde.
- Boa tarde. Por favor, ele está?

(Foto: Google)

Eva


Para as mulheres
(Totonho Laprovitera)


Do barro Deus criou o homem. Da costela do homem Deus criou a mulher...


Admirável é a ciência da vida...
Quando Deus, da costela devida,
do homem criou sua parte na medida,
a mulher, a mordida do amor
Da ambição da maçã, a natureza do povo,
o despertar da manhã evocando o novo:
Da arquitetura sutil da casca do ovo
ao sábio repente do cantador

E nos céus os astros cintilantes,
lapidados, diamantes brilhantes,
pelos mares guiam navegantes,
viajantes, errantes do sertão
que ao longo fôlego de imensa epopeia,
na inspiração para tamanha odisseia,
anunciam ao clarão da ideia:
Mulher é estrela, mulher é constelação!


(Dizem que no paraíso Eva não experimentou a solidão e na humildade da força da emoção e no amor, foi a costela que protegeu seu próprio espírito).

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ozias


Era final de noite. O banheiro do Ozias estava em manutenção e ficamos obrigados a fazer uso do da gerência. Sem problema, éramos de casa. Quando Ozias retirou-se do escritório, onde traçava os planos do dia seguinte, para atender ao chamado do garçom Picapau. Wilson, passando de volta do banheiro, enxergou em cima do birô um talão de cheques e o espírito da molecagem lhe bateu forte. Sem pestanejar, retirou uma folha, retornou à mesa e pediu a conta, que veio como sempre, pra variar, bem acima do valor consumido. Wilson, então, preencheu o cheque com os dez por cento da comissão do garçom e mais vinte, para os demais funcionários da casa. Quanta generosidade! 

Cheque entregue, conta paga, no outro dia veio a cobrança do Ozias: - "Bora, negada, vamos deixar de frescura, podem me pagar e eu quero o meu dinheiro da conta de ontem é agora e em espécie! Além do mais, vocês são muito besta mesmo, cheque meu eu não aceito nem quando tem fundo!" 

Bolero


Bolero

(Totonho Laprovitera)

Quando te vejo toca um bolero
e eu te quero em meus braços
A tua boca, a minha boca,
um só desejo entre mil beijos

És pedra preciosa,
moça formosa, fruta de vez
És brilho de estrela,
no céu da boca sou teu cometa
riscando feito diamante,
com fogo de amante 
na mais louca chama
de quem te chama,
de quem te ama

Beatriz Milhazes na Unifor


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE


“Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade.” Miguel de Cervantes, em Dom Quixote de la Mancha.

Cadeh Juaçaba, Totonho Laprovitera, Zé Tarcísio, Carlos Lebran e Rodrigo Frota.

A ARTEQUATTRO é a concretização de sonhos e desejos olhando na mesma direção. É o nascimento do espaço dedicado à articulação dos diálogos entre artistas, público e mercado, onde talentos e sentimentos encontram lugar para a livre expressão.

Em comunhão de talentos e sentimentos, os artistas Cadeh Juaçaba, Carlos Lebran, Rodrigo Frota, Totonho Laprovitera e Zé Tarcísio apresentarão trabalhos em pintura, escultura e fotografia. 

A mostra, que homenageia a artista plástica Heloysa Juaçaba (1926-2013), inaugura a série de eventos de arte que a ARTEQUATTRO agenda para a sua programação cultural de 2015.

Os artistas

Cadeh Juaçaba (Fortaleza CE 1989), artista plástico e designer. 

Carlos Lebran (Fortaleza CE 1975), escultor. Membro fundador da Academia Cearense de Artes Plásticas. 

Rodrigo Frota (Fortaleza CE 1984), fotógrafo e artista visual. Bacharel em publicidade e propaganda. 

Totonho Laprovitera (Fortaleza CE 1957), artista plástico, letrista, arquiteto e urbanista. Membro fundador da Academia Cearense de Artes Plásticas. 

Zé Tarcísio (Fortaleza CE 1941), artista plástico, artista intermídia, gravador, escultor, ator, cenógrafo e figurinista. 

Produção executiva: ARTEQUATTRO 
Coordenação: Fernando Victor Laprovitera 

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE
Vernissage: 25 de Fevereiro de 2015, às 19h. 
Visitação: de 26 de Fevereiro à 17 de Março de 2015. 
De segunda à sexta, de 9 às 19h. Aos sábados, de 9 às 14h. 

Galeria Ouvidor: Rua Professor Dias da Rocha, 853 - Aldeota - Fortaleza - Ceará - Brasil - CEP 60170-285 - Tel.: +55 (85) 3267-6766 - contato@4rtequattro.com.br

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Mil infinitos


Mil infinitos 
(Totonho Laprovitera)

Luz da minha vida,
me aqueça nas noites frias,
ilumine a quem lapida
inspirações com poesias

Um minuto, feche as janelas,
vamos amar mil infinitos
Me diga sobre aquelas
histórias, contos bonitos

Entre gritos de prazer,
sussurre meu nome em vão,
suspire o teu querer,
se entregue sem dizer não

Oh, luz da minha guia,
que o sol a lua acoite
Bom dia à flor do dia,
boa noite à flor da noite!

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Padre Pedro

Bosco Martins pedindo a benção ao Padre Pedro.

Infatigável propagador da bíblia, Padre Pedro Castelo Branco é Tenente-Coronel e capelão da Polícia Militar do Ceará.

Pois bem, toda vez que Padre Pedro chega no Point Lauro Maia, o lugar se abarrota de alegria e ele abençoa todos os presentes dizendo, em rima: - “Deus te abençoe, cabeça de boi”! 

(Foto: Totonho Laprovitera)

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Chico Aleijado

Chico e Giovani, em Iguatu.

Cedo, domingo de manhã e o telefone toca. Era Giovani pra dar uma triste notícia: a do falecimento do nosso amigo Chico Aleijado.

Chico Aleijado era uma figura formidável e de extraordinárias histórias. Com suas minguadas pernas, arrastadas pelo corpanzil que possuía, andava aos quatro nortes das suas vontades. Fazia-se nômade, pela condição de ter tantos amigos espalhados pelo mundo. 

Conheci o Chico em Orós, tomando um caldo num fim de tarde, para restabelecermos as forças e prosseguirmos a farra na festa do Ladeira Clube, por ocasião da famosa vaquejada da cidade. Desde então, passei a ouvir e a testemunhar suas facetas de técnico de futebol de salão, jogador de baralho, acompanhante de colecionador de santo de igreja, contador de causos e boêmio da melhor qualidade. 

Dentre tantas passagens, conto três lembranças do Chico.

A primeira: No banho do Tuninho, em Orós, descemos a ribanceira levando bebidas numa bacia. Na hora da volta, todos bêbados. Zé Marmita, então, à moda mochila o levou nas costas, pois ele havia terminantemente se recusado a ser amarrado numa corda para o alcançarmos mais adiante do rio, ou ser conduzido na já vazia bacia. 

A segunda: Quando técnico de futebol de salão, da história do cascudo que ele deu no pequeno Diabo Louro, porque havia perdido um pênalti em troca de um anel Brucutu, que fazia o maior sucesso entre a meninada de Iguatu. 

A terceira: Na coluna do Neno, deu que depois de ganhar um prêmio de loteria, “desinteressadamente”, os familiares distantes se aproximaram do querido parente, passando a chamar o Chico Aleijado de Francisco Paraplégico. 

Bem, depois eu conto mais...

Chico Aleijado, certamente, entra na história do patrimônio imaterial da nossa admirável cultura do Ceará Moleque.

Anthony Caro


Anthony Caro (1924-2013) foi um escultor britânico e sefardita, ou seja, descendente de judeus originários de Portugal e Espanha. Seu trabalho escultórico de estilo abstrato é caracterizado por uma hoste de objetos industriais de resíduos metálicos.

Anthony Caro, que estudou no Christ's College, em Cambridge, encontrou a arte moderna trabalhando com Henry Moore, de quem foi assistente de 1951 até 1953. Depois de conhecer Clement Greenberg, Kenneth Noland e o escultor David Smith, no começo dos anos 1960, após sua viagem aos Estados Unidos, fascinado por seu enfoque, abandonou seu trabalho figurativo para realizar esculturas feitas com soldas ou conjuntos peças metálicas pré-fabricadas (em aço, ferro, ou ligas), criando objetos de diversas formas. Muitas vezes pintava o produto final com cores vivas.

Anthony Caro faleceu de um ataque do coração em 2013, aos 89 anos.

(Foto: AP/Matt Dunham)

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE

ARTEQUATTRO – MOSTRA INAUGURAL DE ARTE

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Da Vinci


“Tomara que a inspiração me pegue trabalhando.” (Leonardo Da Vinci)

Dia do Municipio, em Orós


No registro fotográfico do saudoso Pedro Augusto Netto, em um jipe transitavam os ex-prefeitos José de Matos Leite, João Maia Nogueira, Luis Moreira Pequeno (na direção) e Raimundo Marques, por ocasião de um desfile cívico do Dia do Municipio, em Orós, Ceará, nos anos 1970.

(Foto: Acervo Roger Dantas)

Como pássaro aprendi

Totonho Laprovitera - Como pássaro aprendi - 2015 - ASP - 40 x 50 cm.

Como pássaro aprendi
(Totonho Laprovitera)

Calma a natureza encanta,
em paz o som ilumina e faz
secreta a alma dos animais,
abrigo que a vida encontra

E na sede da eternidade
quem se vê no poço do desejo
tem claro nos olhos o ensejo
do brilho de mais uma saudade

São beijos que marcam o pescoço
como quem de vez o doce fruto
devora da casca ao caroço

E chega a coragem de voar
que vem com o medo de cair,
eis os pássaros a nos ensinar

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Dr. Hildo


Conheci o Dr. Hildo Pinho, em Viçosa do Ceará, por ocasião de uma Semana Santa em que fui passar por lá, a convite de seu filho Humbertinho. A princípio, logo notei o típico bom humor do Dr. Hildo, que guardava a sutileza que distingue as pessoas inteligentes. 

Ao chegar no Solar dos Pinho, uma janelada casa que se abre à alma dos olhos da cidade, vi o silêncio se partir ao som da música de seus residentes. Reunidos em ambiente assaz musical, o Solar se transformava em lar, quer dizer, em um reino onde a harmonia fazia com que as pessoas vivessem e se sentissem bem. 

Pois bem, chegada a Sexta-Feira Santa, os de casa arrumaram as cadeiras na calçada para assistir a procissão passar. À frente, ajudando a carregar o andor, avistei o amigo Adail Fontenelle, todo contrito. A seguir, os músicos da cidade entoavam as repetidas e dolentes marchas sacras, enquanto, lá atrás, sozinho, acompanhado apenas do seu saxofone, Dr. Hildo seguia o cortejo. 

Curioso, perguntei ao Humbertinho o porque daquela formação, no que ele me respondeu:

- Totonho, é que o papai acha que os músicos da banda desafinam muito!

(Ilustração: Desenho de Domingos Linheiro)

Trabalho

Tripalium,

O trabalho sempre moveu a sociedade e a civilização. Ao longo do tempo, mudou e se reformulou segundo às necessidades de cada momento em cada cultura.

A história do trabalho é tão antiga quanto à do homem e, em vários períodos, elas se confundem. Porém, nem sempre trabalho foi sinônimo de tortura como a etimologia da palavra exprime. 

Proveniente do latim tripalium, instrumento de tortura, passando do adjetivo tripális, que significa apoiado por três estacas ou mourões. O termo tripaliare, influenciou vários idiomas, entre eles o português trabalhar, o francês travailler, o espanhol trabajar e o italiano traballare.

Porta do Sol


Porta do Sol
(Totonho Laprovitera)

Esses olhos miúdos
mirando mil sonhos
são contas graúdas
fazendo de conta
que são decoradas
na ponta da língua,
que são desenhadas
na Porta do Sol

Luz flamejante,
vermelha e amarela,
da chama da Espanha
que a noite aquece
na Plaza Mayor,
trazendo o calor
pra quem não esquece
do fogo do amor

Quero teus beijos,
pintar teus desejos
com fome, com sede,
na coragem do medo
agora que eu chego
sem pressa aqui,
contigo eu sonho
cantando em Madri

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Pirata do Riacho da Égua Nambi


Não era à toa que as marchinhas de carnaval constituíam-se de legítimas crônicas de antigamente. Pra quem não sabe, a marchinha é um gênero de música popular que predominou no carnaval dos brasileiros dos anos 1920 aos anos 1960.


Pois bem, falando nisso, se tem alguém que não relaxa com os cuidados de suas tradições culturais, principalmente, no período momino, esse é o espetaculoso João Bosco.


Pra vocês terem ideia da disposição dele, espiem só como ele fez questão de brincar o carnaval fantasiado de pirata do Riacho da Égua Nambi (hoje, Aguanambi), em homenagem às suas raízes no Bairro da Piedade.

(Fotos: Kaká Luna)

Pescador de sonhos


Pescador de sonhos
(Totonho Laprovitera)

Sou pescador de sonhos
nos mares das paixões,
sou caçador ferido
por pássaro perdido
Sou viajante errante,
sou cantador e cego,
não vejo a luz do dia,
nem a lua, nem estrelas

Mas imagino a tua imagem,
teu rosto jovem e puro,
e do escuro tua beleza
que me faz enxergar!